Nova lei do parto humanizado ajuda mas não resolve o problema, diz Ivanilde

A lei do parto humanizado, sancionada na última quinta-feira (26-03) pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin, deve trazer avanços ao cenário atual de medicalização do parto, mas ainda está longe de atuar na raiz do problema e trazer resultados de fato eficazes às gestantes.

A opinião é da enfermeira obstetra e parteira domiciliar Ivanilde Rocha, para quem a mudança de mentalidade reinante nos hospitais requer atitudes mais drásticas. “Nos países onde o índice de parto normal é grande existe a figura da enfermeira obstetra ou obstetriz atuando na assistência ao parto. Acreditar que os médicos farão isso, pelo que temos visto, é ingenuidade”, analisa Ivanilde.

De acordo com o projeto, de autoria do deputado Carlos Bezerra Jr., os profissionais de saúde terão de relatar os usos de episiotomia, ocitocina e lavagem intestinal, dentre outras práticas não recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Métodos não farmacológicos para alívio da dor, livre acesso da gestante à anestesia durante o parto normal e permissão para a mulher comer e beber durante o trabalho de parto são algumas das outras exigências contidas na nova legislação.

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