Parto domiciliar planejado: a importância do preparo para um parto bem sucedido

Após tomar a importante e transformadora decisão de conceber o seu filho em casa, o casal precisa sentir real confiança no trabalho da parteira e receber dela um acompanhamento bem detalhado para seguir adiante em seu plano inicial de aderir ao parto domiciliar.

Para isso, as parteiras preconizam um planejamento consistente e oferecem auxílio pré-parto capaz de tirar todas as dúvidas e fornecer materiais informativos de qualidade ao casal, que vai aos poucos preparando o espírito e a saúde para o grande momento da chegada do bebê ao mundo.

A enfermeira obstetra e parteira domiciliar Ivanilde Rocha orienta as mães a mandaram um e-mail completo logo de início, contando suas histórias e por que optaram pelo parto em casa.

Em seguida, é marcada a primeira de quatro a seis consultas – ou mais, dependendo do caso – com o casal. Cada uma delas tem duração média de 1h30, período em que é realizado exame físico-obstétrico e transmitidas recomendações essenciais relacionadas a alimentação, exercícios físicos e uma série de outros aspectos a fim de contribuir para as mães permanecerem saudáveis emocional, espiritual e fisicamente no decorrer da gestação.

“Também fico disponível nas redes sociais e no telefone para tirar qualquer tipo de dúvida. Procuro passar, principalmente, a importância da alimentação saudável para não se transformar numa gestação de risco, o que inviabilizaria o parto domiciliar”, explica Ivanilde.

A recomendação, segundo ela, é para que o casal passe também com médicos no consultório, seja por intermédio de convênio ou na unidade básica de saúde. Isso facilitará a marcação de exames e dará a retaguarda necessária, caso haja complicações no meio do caminho e seja preciso o encaminhamento ao hospital.

Por volta da 36ª semana de gestação, ela dedica uma consulta especialmente para explicar ao casal como identificar o trabalho de parto e, dessa forma, saber o momento certo em que a presença da parteira será necessária para acompanhar o procedimento.

“Até hoje só duas mulheres me chamaram e constatei que não era trabalho de parto verdadeiro, e sim pródromo.  Geralmente são casais muito antenados, que leem muito e sabem agir nessas ocasiões”, afirma Ivanilde.

A partir daí, é só aguardar o bebê escolher o momento certo de nascer e assistir a mãe à medida em que a participação da parteira se fizer necessária, conforme regem os preceitos de oferecer à mulher o papel de protagonista de seu parto.

Texto por Fábio Guedes

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